Confira os riscos elétricos em embarcações
Por: André Sales
Incêndios – e não naufrágios – são a causa mais frequente da perda de barcos. E eles quase sempre têm origem num só ponto: a parte elétrica. Portanto, fique ligado. Aqui esta uma lista dos 6 maiores riscos que se pode correr com o sistema elétrico de sua embarcação.
Incêndios – e não naufrágios – são a causa mais frequente da perda de barcos. E eles quase sempre têm origem num só ponto: a parte elétrica. Portanto, fique ligado. Aqui esta uma lista dos 6 maiores riscos que se pode correr com o sistema elétrico de sua embarcação.
- Terminais e conexões em mau estado: O “coração” das instalações elétricas são os terminais e as conexões, especialmente das baterias. Se eles estiverem frouxos, podem superaquecer e derreter os cabos. Para evitar isso, faça um check-up completo, tanto na fiação quanto nos seus complementos, pelo menos uma vez por ano.
- Voltagem diferente nas tomadas da marina:Como a maioria das marinas não segue um padrão na voltagem, há sempre a possibilidade de a tomada do cais não ser compatível com a do seu barco. Assim, curtos-circuitos podem ocorrer, afetando até mesmo a parte eletrônica dos motores.
- Instalar equipamentos diferentes: Certifique-se de que o automático das bombas é compatível com a corrente elétrica. Instalar um modelo errado por fazer com que a bomba não funcione na hora que você mais precise dela. Da mesma forma, tome cuidado com certos acessórios, como micro-ondas e secador de cabelos, que puxam bastante energia e podem superaquecer a fiação.
- Equipamentos que não desligam: Se o seu barco tiver guincho elétrico ou bow thruster, verifique periodicamente o sensor de acionamento desses equipamentos. Como eles consomem altas correntes, a quebra do sensor pode fazer com que eles funcionem ininterruptamente, sem você perceber. E isso pode danificar por superaquecimento a fiação.
- Equipamentos em contato com a água: O inversor deve ficar sempre o mais próximo possível das baterias, para evitar quedas de tensão. Mas é importante instalá-lo sempre o mais alto possível no porão, para evitar contato com a água empoçada, o mesmo valendo para qualquer equipamento elétrico. Energia e água não combinam.
- Infiltração de água no painel: Barcos com comando aberto não estão livres de respingos d’água – seja na navegação ou na lavagem do casco. E esse contato com a água pode gerar pontos de ferrugem nas conexões das fiações, além de comprometer a durabilidade dos cabos. A única maneira de evitar isso é checar periodicamente as vedações de borrachas no painel e, no caso de vazamento crônico, não molhá-lo ao lavar o barco.
Sobrecargas e maus contatos são sempre prenúncios de tragédias, lembre-se:
- Fios, conectores e baterias mal instaladas são os principais gatilhos nos incêndios de origem elétrica a bordo de qualquer barco. “Se eles não forem dimensionados para a energia que recebem, ou se não estiverem bem conectados, acabarão liberando calor ou derretendo, o que, em ambos os casos, é perigosíssimo”, afirma o especialista em instalações elétricas náuticas Roberto Brener.
- Use apenas fios de cobre estanhados e certificados, para evitar corrosão.
- Sele os terminais e as pontas dos fios com silicone, para vedar a entrada de ar entre o cobre e o plástico que reveste os cabos.
- Terminais dos cabos da bateria devem ser prensados e não soldados. A solda enrijece os cabos, tornando-os sujeitos a quebras.
- Use disjuntores termomagnéticos, que protegem contra sobrecargas e curtos. Mas, atenção: há disjuntores que não funcionam em correntes contínuas.
- Fusíveis em circuitos de alta corrente costumam criar quedas de tensão. Se isso acontecer com baterias fracas, pode dificultar a partida do motor.
- Cabos de arranque do motor e do ferador não precisam ter fusíveis próprios. Bastam cabos superdimensionados.
- Para não tombar o balanço do barco, a bateria deve ser bem presa, mas com cintas ou cabos que não contenham partes de metal.
- Em hipótese nenhuma, qualquer fiação deve passar perto de alguma mangueira de combustível.
- A fiação deve ser fixada a cada 25 centímetros ao longo do barco. Mas não muito esticada, para não romper com os trancos, o que é mais frequente do que parece.
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