Sistema de aterramento, o que mudou de 2015 para cá?
A maioria dos “pedricistas” estavam no automático, quando se fala de fazer inspeção do Sistema de aterramento, isto é, pegava seu terrometro, batia as 3 hastes e media o valor da resistência das 3 distâncias, anotava e se fosse menor que 10 ohms, estava tudo ok, sem ao menos saber por que fazia isso. Você sabe?
Quando fazemos a medida Megger, com as 3 hastes, estamos fazendo a análise da queda de tensão ao longo do terreno, na norma NBR5419 ate 2015, pedia que isso fosse feito e não dava destaque a equipotencialização das descidas e do anel, que ate então não era obrigatório.
Com a NBR5419:2015, o anel interligando todas as descidas e circundando a edificação passou a ser exigido, além de ser necessária, a verificação de continuidade de cada uma das descidas, garantindo que todas elas apresentem resistências baixas e semelhantes entre si, isto é, não muito destoantes. Na verdade, o que a norma de 2015 pede agora é que este seja o parâmetro para aprovar ou não o sistema.
Mas o problema surge quando a norma do Bombeiro pede apenas a curva de queda de tensão do terreno, isto é, o teste com o terrômetro, o que fazer?
Devemos fazer então ambos as verificações, analisando todos os resultados, e concluindo se o sistema esta ou não dentro dos parâmetros exigidos.
Então vamos relembrar alguns pontos, são eles:
· As verificações das descidas devem ser feitas com a malha de aterramento desconectada (toda ela);
· Todas as descidas devem ser verificadas, com relação a continuidade e também inspeção visual;
· o aterramento deve ser verificado em separado das descidas e posteriormente verificado com o sistema completo;
· A resistência medidas nas descidas devem ser baixas e com valores próximos abaixo de 0,5 ohm. Valores maiores já podem condenar a descida;
· Atenção ao definir as distâncias para medida de queda de tensão, muitas vezes isso se torna inviável, mas deve ser mencionado no parecer técnico.
Bom, espero que estas dicas sejam úteis, até a próxima.
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