Comportamento do profissional em eletricidade cada vez mais impacta em sua segurança e agora também uma questão de custos
Segundo o artigo "Avaliação
da confiabilidade humana" de Jarbas
Patriota dos Santos* , a
produção de energia elétrica está sendo cada vez mais objeto de regulação por
parte da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e do Operador Nacional do
Sistema (ONS).
Deste fato decorre uma maior exigência aos agentes de produção quanto à continuidade e à confiabilidade da energia produzida. Neste contexto, as equipes de operação e de manutenção têm um papel importante para assegurar a confiabilidade no fornecimento. Por isso, monitorar de forma sistemática o desempenho destas equipes permite aos concessionários manter seu processo de produção de energia sob controle.
Jarbas P. dos Santos realizou um estudo onde analisou o comportamento de 23 usinas de geração, cuja potência instalada é superior a 10 MW, que corresponde a 83,30% do parque gerador da Copel GeT.
Para ler o artigo completo - clique aqui
* - Jarbas Patriota dos Santos é engenheiro mecânico, especializado em Gerência da Engenharia de Manutenção e em Gestão Técnica de Concessionárias de Energia Elétrica. Atua na Copel GeT desde 1985, nas áreas de manutenção mecânica de usinas hidrelétricas, gerenciamento de pequenas centrais hidrelétricas. Atualmente, é gerente da Divisão de Gestão Técnica da Geração, responsável pela gestão dos processos de gerenciamento da manutenção das usinas da Copel GeT.
Deste fato decorre uma maior exigência aos agentes de produção quanto à continuidade e à confiabilidade da energia produzida. Neste contexto, as equipes de operação e de manutenção têm um papel importante para assegurar a confiabilidade no fornecimento. Por isso, monitorar de forma sistemática o desempenho destas equipes permite aos concessionários manter seu processo de produção de energia sob controle.
Com
relação aos aspectos comportamentais serão mencionadas as possibilidades que
podem provocar um erro de operação ou de manutenção. Vale ressaltar que, mesmo
com a habilidade e capacitação, adquirida com os treinamentos necessários e com
toda a documentação de apoio atualizada, o fator humano pode provocar falhas
devido ao stress, fadiga, problemas pessoais e excesso de confiança, entre
outros fatores. Uma das principais características da falha humana nos
processos de operar e manter usinas hidrelétricas é ser absolutamente
imprevisível, ao contrário dos demais processos industriais em que a falha
humana pode ser prevista por modelagem estatística e os produtos defeituosos
podem ser detectados pelos controles de qualidade. Na produção de energia
elétrica, o principal controle de qualidade é sua continuidade de fornecimento,
seguida dos limites de frequência e tensão. Contudo, além da manutenção da
continuidade, é imprescindível que a geração seja sempre, em tempo real, igual
à carga do sistema mais as perdas dos sistemas de transmissão e distribuição,
caso contrário, o fornecimento de energia é interrompido por atuação das
proteções que monitoram os níveis de frequência e de tensão. Por isso, a
confiabilidade na execução das atividades de operação e de manutenção é
fundamental.
Jarbas P. dos Santos realizou um estudo onde analisou o comportamento de 23 usinas de geração, cuja potência instalada é superior a 10 MW, que corresponde a 83,30% do parque gerador da Copel GeT.
Segundo o estudo, nas
instalações de produção de energia as falhas humanas podem ocorrer em qualquer
etapa da sequência que abrange: a fase de projeto, a montagem dos equipamentos
e o comissionamento antes da operação comercial, podem ser também decorrentes
de falhas nos procedimentos e na documentação de apoio à operação e à
manutenção, outra possibilidade pode ser uma programação de serviços
inadequada. Porém, as falhas que estão sob a gestão direta das equipes de
operação e manutenção são aquelas que podem ocorrer durante a execução destas
atividades. Há, também, a possibilidade de que elas venham a ocorrer por atos
de vandalismo, entretanto, esta é uma possibilidade bastante remota, pois das
175 falhas classificadas desde 2006 como sendo decorrentes de fatores humanos
nenhuma delas foi considerada como ato de vandalismo.
A
classificação de falhas usadas pela Copel GeT subdivide as alternativas de
falhas humanas nas etapas de projeto, montagem e comissionamento, podendo ser
de terceiros ou próprias.
Na Tabela
2, estão listadas todas as possibilidades para classificar uma ocorrência e seu
respectivo número de ocorrências no período considerado. Nela estão destacadas
aquelas usadas para a classificação das falhas humanas: projeto de terceiros ou
próprio, montagem de terceiros ou própria, comissionamento por terceiros ou
próprio, execução da operação ou da manutenção, metodologia da operação ou da
manutenção, programação inadequada e vandalismo. Para o presente estudo serão
enfocadas as falhas classificadas como execução inadequada da operação e/ou da
manutenção.
No
gráfico da Figura 1, a linha superior representa o número total de ocorrências
independentemente de sua classificação quanto à causa fundamental, a linha
intermediária. São apresentadas todas as ocorrências provocadas por falhas
humanas (projeto, montagem, comissionamento, execução de manutenção e operação,
etc.); na linha inferior estão somente as ocorrências classificadas como
Execução Inadequada da Operação (EO) e da Manutenção (EI).
Percebe-se
que as falhas humanas representam uma parcela pequena das falhas totais, além
de mostrar desde 2007 uma acentuada tendência de queda. Já as falhas na
execução das atividades de operação e de manutenção possuem um comportamento
aleatório e situadas num patamar relativamente baixo.
Contudo,
apesar de todos esforços no sentido de reduzir a quantidade de ocorrências a
partir de 2010, quando tivemos o menor número de falhas – 36, em 2011 tivemos
um aumento discreto para 38 falhas. Porém, em 2012 houve 56 falhas, destas 31
falhas estão classificadas preliminarmente como Em Estudos (EE) e seus
relatórios ainda não foram concluídos.
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* - Jarbas Patriota dos Santos é engenheiro mecânico, especializado em Gerência da Engenharia de Manutenção e em Gestão Técnica de Concessionárias de Energia Elétrica. Atua na Copel GeT desde 1985, nas áreas de manutenção mecânica de usinas hidrelétricas, gerenciamento de pequenas centrais hidrelétricas. Atualmente, é gerente da Divisão de Gestão Técnica da Geração, responsável pela gestão dos processos de gerenciamento da manutenção das usinas da Copel GeT.
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